Resumo: Lesões ulceradas bucais são comuns e desconfortáveis ao paciente. A procura por medicamentos para acelerar o reparo dessas lesões é constante. A bixina, molécula presente nas sementes do urucum, pode ser uma opção terapêutica para essas lesões pois apresenta propriedades antiinflamatória, antioxidante e cicatrizante. Este estudo objetivou avaliar o efeito da solução de bixina no processo de reparo de úlceras na mucosa bucal de ratos. Úlceras foram induzidas com punchs na língua de 64 ratos Wistar. Os animais foram divididos em 8 grupos aleatoriamente: 4 grupos foram tratados com solução salina e outros 4 com solução de bixina e eutanasiados após 2, 7, 14 e 21 dias do início do tratamento. Os espécimes foram processados histologicamente e corados em Hematoxilina e Eosina e Picrosírius. Foram observados fibroblastos, reepitelização e contração da ferida, quantificadas células inflamatórias, colágeno maturo e imaturo. O grupo experimental apresentou maior deposição de fibroblastos, reepitelização e contração da ferida quando comparado ao grupo controle. Observou-se redução do número médio de neutrófilos no grupo experimental comparado ao grupo controle (p=0,000). Aos 2 dias, a área total de colágeno foi maior (p=0,044) no grupo experimental (4139,60 ± 3047,51) comparado ao grupo controle (1564,81 ± 918,47). A deposição de colágeno do tipo maturo, aos 14 dias, foi maior (p=0,048) no grupo experimental (5802,40 ± 3578,18) comparado ao controle (1737,26 ± ± 1439,97). Os resultados apontam que a bixina inibe a resposta inflamatória aguda, acelera a reepitelização, contração da ferida, maturação do colágeno demonstrando ser importante adjuvante no tratamento de úlceras.
|