Resumo:

A qualidade de vida do cirurgião-dentista torna-se cada vez mais complexa, visto que tais profissionais vêm submetendo-se a regimes de trabalho extensos e muitas vezes em condições desfavoráveis. Problemas de origem ergonômica, de biossegurança, estresse, dentre tantos outros, reforçam a necessidade da adoção de hábitos saudáveis na prática profissional.Este trabalho tem como objetivo diagnosticar a qualidade de vida dos cirurgiões-dentistas inscritos no CRO-BA atuantes no município de Jequié. Realizou-se um estudo de caráter descritivo, através da aplicação de um questionário. A partir de um universo de 62 cirurgiões-dentistas, foram entrevistados 39 que estavam em atividade no período da coleta de dados. Foram excluídos os inativos, afastados e aposentados. As variáveis analisadas foram média de horas trabalhadas por dia, auto-avaliação da qualidade de vida, presença de enfermidades, bem como a especificação das mesmas, tempo de conclusão do curso e acesso a lazerA maioria dos entrevistados trabalha uma média de 8 horas por dia (48,72%), 66,67%, dos cirurgiões-dentistas em questão consideraram boa sua qualidade de vida, 61,54% apresentem algum tipo de problema de saúde. Os principais problemas de saúde relatados foram dor de coluna (33,33%), enxaqueca/dor de cabeça (23,08%) e LER/ DORT (20,51%). Metade dos que apresentam problemas de saúde, possuem de 1 a 10 anos de conclusão do curso, 25% de 11 a 20 e 25% de 21 ou mais. Todos os entrevistados afirmaram reservar tempo para lazer.Foi possível concluir que mesmo uma grande parte dos pesquisados apontarem ter algum problema de saúde consideram que possuem uma boa qualidade de vida.