Resumo:

Diversos tumores de tecidos moles ocorrem na cavidade bucal. Alguns podem ter características benignas, porém outros podem desenvolver características malignas. Dessa forma, o conhecimento sobre esses tumores é de vital importância ao profissional da Odontologia. Este trabalho tem a finalidade de apresentar um caso clínico desses tumores, o Fibroma Ossificante Periférico, considerado mais de natureza reativa do que neoplásica. Paciente A.C.S, gênero feminino, 57 anos, leucoderma, procurou a clínica de estomatologia da PUCPR para remoção de nódulo entre os dentes 34 e 35, relatando tempo de evolução de 5 anos. Após avaliação clínica e radiográfica concluiu-se que tecidos ósseos não estavam envolvidos e deu-se como hipótese diagnóstica, granuloma piogênico. Optou-se pela exérese cirúrgica da lesão, através de biópsia excisional. Iniciou-se com anestesia mentual e infiltrativa ao redor da lesão, seguida pela remoção de toda lesão, prevenindo-se recidiva, e por fim o controle do sangramento com compressão e aplicação de subgalato de bismuto. O material removido foi fixado em formol a 10% e encaminhado para exame histopatológico. Os cortes histológicos mostraram fragmento de mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado ora paraqueratinizado ora ortoceratinizado com áreas de hiperplasia, exocitose leucocitária e espongiose, além de área de ulceração recoberta por membrana fibrino-purulenta. A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo fibroso com vasos, além de presença de tecido ósseo e áreas de intenso infiltrado inflamatório mononuclear e polimorfonuclear. Diagnóstico: Fibroma ossificante periférico. Após 2 meses da cirurgia, a paciente apresentava-se bem, com a área afetada totalmente reparada e sem nenhum foco de recidiva.