Resumo:

Quando temos dentes com alteração de cor e restaurações insatisfatórias que levam a desarmonia do sorriso, é necessária intervenção profissional utilizando técnicas adequadas para a solução destes problemas. O clareamento dental interno tem se tornado procedimento de rotina nos consultórios odontológicos, por ser um tratamento conservador, não requerendo remoção de tecido dental sadio promovendo resultados imediatos e, em caso de fracasso, não impede a ação de terapias mais invasivas.Para indicar a técnica de clareamento, em cada caso clínico, é importante que o profissional conheça os diferentes tipos e concentrações do material, bem como, causas e o tempo da alteração de cor. Um bom plano de tratamento, com conhecimento das indicações e contra-indicações evita alguns efeitos desagradáveis durante e após a realização deste procedimento, dentre eles, a indução de uma reabsorção cervical externa. Quando um dente tratado endodonticamente apresenta qualquer tipo de alteração de cor, diversos podem ser os fatores etiológicos do escurecimento dental: necrose pulpar; hemorragia por trauma; preparo não apropriado do acesso endodôntico (deixando remanescentes de tecido na câmara pulpar; materiais removidos inadequadamente após obturação). Na maioria dos casos há resposta satisfatória ao clareamento com níveis de sucesso, exceto quando a causa do escurecimento for hemorragia ou degradação pulpar, quando algumas manchas tornam-se resistentes.Os agentes clareadores normalmente atuam por reações de oxidação, dentre estes, o mais utilizado para o clareamento dental interno, é o peróxido de hidrogênio. Este trabalho faz um relato de caso clínico sobre clareamento interno complementado por uma revisão da literatura.