Resumo:

Apesar de estudos com pré-escolares mostrarem uma associação entre ansiedade dos pais e da criança, isto não está estabelecido em crianças maiores e adolescentes. Objetivo: Comparar a ansiedade frente ao tratamento odontológico e a ansiedade em geral de crianças, adolescentes e seus pais. Metodologia: Dentre os pacientes da Clínica de Odontopediatria da Universidade Federal do Paraná, selecionou-se 100 crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos de idade (média 10,3) e seus respectivos pais, que completaram as Escalas de Ansiedade Dental de Corah e de Ansiedade Traço. Os dados foram analisados através do teste de Mann-Whitney e dos Coeficientes de Correlação de Pearson e Spearman (CEP/SD: 804.139.0909). Resultados: Escores de ansiedade moderada foram atingidos por 90% das crianças e adolescentes e 76% dos pais de acordo com a escala de Corah, e 74% das crianças e 72% dos pais com a Escala de Ansiedade Traço. Foi encontrada associação significativa entre os escores de ansiedade traço e odontológica dos pais e das crianças (rs=0,64 e r=0,52), mas não entre os adolescentes. Os dados também demonstraram uma associação entre ansiedade traço das crianças e os escores de ansiedade odontológica e Traço de seus pais (r=0,43). Conclusões: A ansiedade odontológica, em um nível moderado, foi prevalente entre os participantes desta investigação, havendo associações entre os escores de ansiedade odontológica e traço de pais e crianças, mas não entre pais e adolescentes. Outras influências devem ser investigadas ao se estudar ansiedade odontológica em adolescentes.