Resumo:

Uma das alternativas para o tratamento da recessão gengival são as técnicas que envolvem a utilização de retalhos associados ao enxerto de conjuntivo. O objetivo deste estudo foi comparar o tratamento das recessões com a técnica do posicionamento coronal do retalho (PCR), a técnica do envelope (TE) e a a técnica do retalho coronário modificado (PCRM), associados ao enxerto de tecido conjuntivo. Na PCR foram realizadas duas incisões oblíquas a partir da junção cemento-esmalte, seguidas de duas incisões relaxantes divergentes para apical. Na TE foi realizada uma incisão sulcular sem rompimento das papilas interdentais. Na PCRM foram realizadas incisões sulculares incluindo as papilas proximais, sem incisões relaxantes. Em todas as técnicas, o enxerto de conjuntivo foi inserido no espaço formado pelos retalhos; para obtenção foram realizadas duas incisões em L a partir da distal do primeiro pré-molar até a distal do primeiro molar para remoção do tecido conjuntivo. Foram realizadas medidas referenciais usando stent no pré-operatório, 3 meses, 6 meses e 1 ano após a cirurgia para analisar recessão gengival (RG) e faixa de mucosa queratinizada (MQ). O percentual de recobrimento foi de 100% nos três casos, não havendo diferença estatística entre as três técnicas, porém houve diferença na formação de MQ após 1 ano na TE (4 mm) quando comparada às técnicas PCR e PCRM (2mm). Assim, concluimos que as três técnicas foram eficazes no tratamento das recessões, porém a técnica de envelope aumentou a faixa de mucosa queratinizada em relação à técnica de PCR e PCRM.