Resumo:

Cada vez mais aumenta o número de pessoas portadoras de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). HAS, assim como diabetes e obesidade, é uma doença multifatorial e que apresenta como fatores determinantes para seu desenvolvimento o estresse, sedentarismo, entre outros. Pode ser classificada como Hipertensão Arterial Primária ou Hipertensão Arterial Secundária, sendo a primeira tratada com mudanças de hábitos alimentares, atividade física e, por vezes, com anti-hipertensivos. Já a Hipertensão Arterial Secundária é decorrente de outra patologia, como por exemplo, a insuficiência renal, e o tratamento é voltado para a doença causadora da hipertensão. Tanto uma quanto a outra são, frequentemente, assintomáticas e o indivíduo percebe que é portador quando se depara com situações mais graves tais como acidentes vasculares, trombose e aterosclerose. O diagnóstico da HAS é estabelecido pela mensuração das pressões sistólica e diastólica. Durante o atendimento odontológico os cuidados com os pacientes portadores de HAS devem ser redobrados. Dor, medo, estresse, ansiedade e uso inadequado de anestésicos locais podem precipitar crises hipertensivas durante a consulta, situação com a qual nem sempre o Cirurgião Dentista (CD) sabe lidar. O objetivo deste estudo foi revisar a literatura especializada e descrever os protocolos de atendimento que devem ser seguidos pelo CD frente a um paciente hipertenso ou que desenvolve uma crise hipertensiva durante a consulta odontológica.