Resumo: Cisto dentígero é o mais comum dos cistos odontogênicos. Com característica assintomática, 20 a 24% dos cistos são revestidos por epitélio, envolve a coroa do dente incluso e está unido ao dente pela junção cemento-esmalte. Localiza-se prevalentemente na mandíbula, no gênero masculino, segunda e terceiras décadas, em leucodermas. Seus aspectos radiográficos se resumem em ser unilocular, circunscrito, bordas radiopacas, o diâmetro do espaço pericoronário deve ser superior a 2,5mm, podendo ser central, lateral ou circunferêncial. Paciente H.J.G., gênero masculino, 36 anos, leucoderma, bancário, queixa-se de mobilidade no segundo molar inferior esquerdo, tendo como hipótese diagnóstica inicial doença periodontal e como hipótese após radiografia panorâmica, Cisto Dentígero. Optou-se pela extração do segundo molar e esvaziamento inicial, devido ao risco de fratura de mandíbula. Foram realizadas irrigações semanais com soro fisiológico e após 30 dias nova radiografia panorâmica. Observou-se aspecto de formação óssea e diminuição de tamanho do cisto. Após 60 dias nova radiografia panorâmica. Observou-se formação óssea satisfatória para a cirurgia sem risco de fratura mandibular. Realizada a cirurgia para remoção do dente 38 (incluso) e depois enucleação da membrana cística. Após dois anos nova radiografia panorâmica observando total formação óssea no local da cirurgia. A recidiva nos casos de cisto dentígero são raras, desde que estes sejam diagnosticados precocemente e corretamente tratados. Consultas de rotina com radiografia panorâmica devem ser feitas corriqueiramente. Deve-se haver uma preocupação com pacientes jovens quanto à erupção dos terceiros molares e em caso de suspeita investigar e propor o melhor tratamento para o caso rapidamente. |