Resumo:

Avaliou-se a percepção ética de 92 acadêmicos de odontologia da UEPG do primeiro (G1) e quinto anos (G2), além de 34 cirurgiões dentistas (G3) de Ponta Grossa, acerca da cobrança de honorários pela consulta inicial em odontologia, com a intenção de estabelecer uma visão crítica das percepções que são abordadas no meio acadêmico e das que são praticadas no exercício profissional. Oito questões foram respondidas individualmente e sem identificação por cada indivíduo participante. Cada um assinou um termo de consentimento livre e esclarecido e foi orientado a assinalar apenas uma resposta por questão. Coletou-se 56 questionários do G1, 36 do G2 e 34 do G3. Como resultados mais relevantes obteve-se que 42,86% do G1 respondeu que a cobrança de um valor pela primeira consulta é necessária porque o procedimento requer tempo e conhecimento por parte do cirurgião-dentista. O mesmo foi respondido por 97,2% do G2 e em 100% do G3. Porém apenas 17,85% do G1; 66,67% do G2 e 55,88% do G3 acreditam que não cobrar pela primeira consulta é um procedimento contra a ética profissional. Houve diferença estatisticamente significante para os grupos avaliados, tanto entre G1 e G2 como para acadêmicos(G1+G2) versus cirurgiões dentistas(G3).Conclui-se que a ética é um assunto controverso e divergente de opiniões e por isso deveria ser mais exposto e discutido entre acadêmcos durante todo o curso de graduação, mas também, entre os cirurgiões-dentistas como forma de elevar o nível da Odontologia praticada e preservar o valor,a dignidade e o respeito pela profissão.