Resumo: Fraturas dos côndilos mandibulares são as fraturas mais comuns da mandíbula, sendo observadas em até 40% dos casos. Elas são classificadas quanto à sua localização em intracapsular, condilar e subcondilar e o seu tratamento pode ser realizado de maneira conservadora, por bloqueio maxilo-mandibular, ou cirúrgica, por redução cruenta e fixação interna estável. O objetivo deste trabalho foi analisar, por meio de um estudo prospectivo de 33 meses, pacientes com fratura do processo condilar da mandíbula e avaliar o perfil epidemiológico, modalidades de tratamento, acidentes e complicações associados ao tratamento e os resultados decorrentes destes. Foram analisados 33 casos consecutivos de fratura de côndilos mandibulares, sendo que 10 deles apresentaram fraturas bilaterais, totalizando 43 fraturas condilares. O gênero masculino foi o mais acometido (82%); a média de idade dos pacientes foi de 28,3 anos, variando de 13 a 57 anos. As etiologias dos traumas associados foram: acidentes de trânsito (50%), quedas da própria altura (19%), agressão física (13%), ferimento por projétil de arma de fogo (12%), acidentes de trabalho (3%) e outros (3%). O tratamento cirúrgico foi realizado em 33% dos casos, sendo os restantes conduzidos de maneira conservadora. Dos 33 pacientes, 10 apresentaram complicações pós-tratamento, sendo 40% decorrentes do tratamento cirúrgico e 60% do conservador. Conclui-se que o principal perfil de pacientes encontrados foi de adultos, leucodermas, gênero masculino e vítimas de acidentes de trânsito. Limitação de abertura bucal (30%) e desvio de abertura (30%) foram as principais complicações encontradas, sendo estas decorrentes do tratamento conservador. |