Resumo:
Este trabalho ilustra dois casos clínicos de pacientes em crescimento onde foi possível interceptar as maloclusões. A primeira alteração, no sentido ântero-posterior e transversal, foi classificada como Classe III esquelética e mordida cruzada posterior esquerda. Encontram-se como principais fatores dessa interação e causas prováveis: a hereditariedade; defeitos de desenvolvimento de origem desconhecida; traumatismo; distúrbios endócrinos; comprometimento da função naso-respiratória; tumores na região articular e má-nutrição. O diagnóstico diferencial de envolvimento esquelético, dentário ou ambos é fundamental pois as condutas terapêuticas e o prognóstico podem variar. O tratamento desta maloclusão foi realizado utilizando aparelho disjuntor tipo Haas modificado, seguido de máscara facial para promover a protração da maxilla. A contenção foi realizada com o próprio aparelho e o tempo de tratamento foi de 08 meses.
O segundo caso clínico apresentava desarmonia no sentido vertical gerando mordida aberta anterior. A incidência deste tipo de maloclusão é grande em pacientes jovens, em decorrência dos hábitos deletérios como sucção digital ou chupeta. Como consequência o perfil do paciente pode sofrer alteração, dificultando a fonação e o corte de alimentos. Está maloclusão foi interceptada com grade palatina fixa, cuja função é impedir a permanência dos hábitos bucais deletérios. Ela deve-se estender até a região lingual dos incisivos inferiores vedando toda a mordida aberta, a medida que a mordida se fecha, podem ser realizados ajustes para que a grade seja utilizada até a completa correção. A contenção foi realizada com o próprio aparelho, e o tempo de tratamento foi de 07 meses.
|