Resumo: Paciente M. F. S., 10 anos, sexo masculino, apresentou-se à Clínica Odontológica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná no ano de 2011, acompanhado do responsável, que relatou necessidade de confecção de novas próteses removíveis para substituição da antiga superior. A criança nunca havia feito o uso de prótese inferior. No exame clínico intraoral foi observada a presença apenas dos elementos 55 e 65, ambos hígidos. Após análise radiográfica panorâmica, verificou-se que não há presença de gérmens dos permanentes. O paciente foi diagnosticado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná com Displasia Ectodérmica Hipohidrótica; desordem recessiva ligada ao cromossomo X, a qual promove hipodontia, hipotricose, atrofia ungueal, hipohidrose – que leva a hipertermia. A criança foi atendida em 6 sessões, sendo a maioria delas para o cumprimento da sequência clínica de confecção das próteses, superior e inferior. Apesar de ser uma alteração genética rara, o cirurgião-dentista deve estar preparado para reconhecer suas características e empregar o tratamento e proservação adequados, para que o desenvolvimento ósseo não seja prejudicado pelo uso das próteses. A finalização do tratamento promoveu uma melhora na função mastigatória, fonética, articular e estética; contribuindo, assim, com a autoestima e conforto da criança, permitindo também o convívio social de forma não constrangedora. |