Resumo:

O objetivo deste estudo foi determinar a freqüência da ocorrência de complicações relacionadas à administração de anestesia local odontológica com articaína 4% associada à epinefrina 1:100.000 e compará-la àquela apresentada pelo anestésico padrão – lidocaína 2% associada à epinefrina 1:100.000. Após aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UEM, CAAE nº 0129-09, este estudo transversal, aleatório e duplo cego foi realizado em 125 pacientes atendidos pelo Serviço de Urgência Odontológica do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá, que passaram por intervenção odontológica sob anestesia local. Para cada atendimento, o operador preencheu um formulário contendo dados do paciente, da anestesia aplicada e das possíveis complicações. A articaína 4% associada à epinefrina 1:100.000 (Articaine 100® – DFL) a lidocaína 2% associada à epinefrina 1:100.000 (Lidocaina 100® – DFL) foram administradas em, respectivamente, 66 e 59 pacientes. Apenas 6 deles apresentaram alguma reação adversa aos referidos anestésicos locais. Dor durante a aplicação foi relatada em 2 pacientes (1 articaína e 1 lidocaína), tremor foi apresentado em 2 pacientes (1 articaína e 1 lidocaína), sangramento local durante a aplicação foi encontrado em 2 pacientes (lidocaína) e sudorese foi a reação de 1 paciente (lidocaína). Aplicando o teste Z à nível de significância de 5% as reações adversas encontradas tanto na Articaína como a Lidocaína não diferiram de forma estatística significante. As reações adversas verificadas, além de pouco frequentes, foram clinicamente irrelevantes, sugerindo que ambos os anestésicos utilizados são soluções seguras para o uso clínico odontológico, nos atendimentos de urgência.