Resumo:

O objetivo desse estudo é avaliar a eficiência da cirúrgica para o reposicionamento da pré-maxila com o uso de enxerto ósseo em 50 pacientes portadores de fissura lábio-palatal bilateral. Métodos: Em 24 pacientes o enxerto foi removido da sínfise mandibular e, quando uma maior quantidade de enxerto era necessário, a crista ilíaca era usada como área doadora (26 pacientes). A pré-maxila foi deslocada para ser reposicionada mais adequadamente no arco maxilar, utilizando-se um guia cirúrgico em acrílico. A fixação foi realizada com miniplacas e/ou parafusos. O guia cirúrgico foi mantido por dois meses até a consolidação óssea da pré-maxila. A remoção das miniplacas e parafusos foi realizada após seis meses da cirurgia e o acompanhamento pós-operatório foi através de radiografias após 03, 06 e 12 meses de cirurgia, além da avaliação clínica e os pacientes foram encaminhados novamente ao tratamento ortodôntico. Resultados: 45 pacientes (90%) tiveram total integração óssea do enxerto e completo fechamento da fístula buconasal na primeira intervenção. 05 pacientes (10%) tiveram insucessos ou sucesso parcial, sendo 01 paciente com perda do enxerto bilateralmente, 02 pacientes com perda do enxerto em somente um dos lados, sendo necessária reintervenção para completar com novo enxerto. Em dois pacientes houve necrose da pré-maxila, os quais foram reconstruído com enxerto de crista ilíaca. Conclusões: O procedimento é complexo e envolve riscos. Entretanto, a inclusão social, a harmonia no contorno do arco maxilar, a possibilidade de irrupção dos caninos na área enxerta e a facilidade no tratamento ortodôntico foram os principais benefícios observados.