Resumo: Introdução: O reimplante é a conduta mais indicada para a avulsão dentária traumática, porém, invariavelmente, resulta em um maior ou menor grau de reabsorção radicular. O prognóstico para estes casos sofre interferência de fatores, alguns já bem, conhecidos. Como existem estudos demonstrando a importância da resposta imune inata e adquirida nos mecanismos envolvidos na reabsorção de tecido ósseo, buscou-se verificar se tal influência também é verdadeira nos casos de reabsorção dentária.
Metodo: Foram avaliados 57 dentes avulsionados e tratados endodonticamente na Clínica Odontológica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. O acompanhamento dos dentes reimplantados incluiu exames clínicos e radiográficos periódicos, seguindo as normas de controle da International Association of Dental Traumatology (IADT), 2007. A avaliação de atopia foi baseada na história pessoal e familiar do paciente, juntamente com a realização do teste cutâneo Prick-test para cinco diferentes extratos de alérgenos.
Resultados: Os resultados mostraram que dos 46 dentes com evolução favorável, 33 (71,74%) eram de pacientes atópicos e 13 (28,26%) de não atópicos. Dos 11 dentes com evolução desfavorável, quatro (36,36%) eram de pacientes atópicos e sete (63,64%) de não atópicos, mostrando que a evolução desfavorável ocorreu em maior prevalência em pacientes não atópicos.
Conclusão: A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que o prognóstico de um ano para dentes avulsionados e reimplantados é mais favorável em pacientes atópicos.
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