Resumo:

O presente estudo de revisão destaca que o envelhecimento populacional demanda recursos voltados que atendam as necessidades desta “nova população”. Tanto o setor público como o privado devem desenvolver modelos de atenção voltados às necessidades dos idosos. A Prevenção à Saúde na velhice deve ter seu foco no bom funcionamento físico, mental e social assim como na prevenção das enfermidades e incapacidades. A intensa relação entre os idosos e os serviços de saúde pode ocasionar injustiças e inadequações que impactam na qualidade de vida dessa população. O levantamento nacional de saúde bucal realizado em 2002-2003 apontou que, dentre os brasileiros na faixa etária entre 65 – 74 anos, o edentulismo prevalece. Este mesmo inquérito assinalou que 65,7% dos gerontes tinham ido ao cirurgião-dentista pela última vez há três anos ou mais, sendo que 48,1% procuraram por serviços odontológicos por motivo de dor. A associação de renda, escolaridade, sexo e morbidade traduz desigualdades no uso e no acesso aos serviços de saúde bucal pelos idosos, que deveriam alcançar as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível. Também cabe ressaltar que o comprometimento motor, o suporte familiar e social; bem como as experiências negativas anteriores, os tabus pessoais, a falta de percepção da necessidade e de informação sobre os cuidados com a boca, dentre outros, são fortes condicionantes ao acesso à saúde bucal. O tema iniqüidades ao acesso à saúde bucal de idosos tem sua importância fundamentada no atual fenômeno de transição demográfica apresentado em nosso país.