Resumo:

Os casos com fenótipos gengivais finos e/ou com uma linha do sorriso alta são um desafio para Implantodontia contemporânea, pelo risco de transparecer a cor acinzentada do titânio (Ti) na mucosa gengival e de possíveis efeitos nocivos dos metais no organismo, tanto ao nível periimplantar, como no sistêmico. As pesquisas com a cerâmica de dióxido de zircônia (ZrO2) mostraram dados animadores da conexão osso-implante (BIC), ótima biocompatibilidade e longevidade. Os estudos demostram que o ZrO2 é um biomaterial, sem efeitos mutagênicos ou carcinogênicos; apresenta menor adesão bacteriana e melhor periointegração, quando comparado ao Ti. Os implantes Y-TZP (Zr estabilizada com Ítrio) têm inúmeras vantagens, graças aos mecanismos de tenacidade que operam na microestrutura. Os resultados estéticos proporcionam a satisfação dos pacientes e dos profissionais ligados a esta especialidade. A demanda tem aumentado, existindo boas perspectivas de futuro, pela crescente conscientização dos pacientes em busca por tratamentos metal free, que aliam saúde à estética. Com base nas publicações científicas internacionais, os implantes de Zr já são uma alternativa viável para substituir os implantes de Ti, em casos selecionados, como na região anterior. Entretanto, os dados clínicos ainda são insuficientes para recomendá-los como uso clínico de rotina. Objetivos: Encontrar uma alternativa ao Ti na Implantodontia; avaliar a biocompatibilidade e longevidade do ZrO2; analisar os resultados estéticos do material; identificar os sistemas de implantes de Zr existentes, perspectivas de mercado e desvantagens no seu uso. Método: Através de uma ampla revisão bibliográfica dos estudos in vitro, in vivo relacionados a pesquisas em animais e humanos.