Resumo:

A fluorose dentária é proveniente da exposição do germe dentário, durante o seu processo de formação, a altas concentrações do íon flúor. Como resultado, apresenta defeitos de mineralização do esmalte, com severidade diretamente associada à quantidade ingerida. O aspecto clínico é de manchas opacas no esmalte, em dentes homólogos, até regiões amareladas ou castanhas em casos de maior gravidade. Os fatores que interferem na severidade da doença são dosagem de flúor, baixo peso corporal, taxa de crescimento esquelético e períodos de remodelamento ósseo que se constituem em fase de maior absorção de flúor. Estado nutricional, altitude e alterações da atividade renal e da homeostase do cálcio, também são fatores influentes. Croll e Cavanugh, (1986), propuseram um tratamento para as manchas fluoróticas onde a descoloração está limitada a camada mais superficial do esmalte dental com uso da técnica de microabrasão (remoção mecânica de manchas brancas). Entre as vantagens da microabrasão estão o baixo custo, preservação do tecido dental, simplicidade da técnica e resultado estético imediato. O presente trabalho visa apresentar uma revisão de literatura sobre a fluorose dentária abordando a sua origem, prevalência, epidemiologia, faixa etária em que acomete, como esta doença tem atingido a população brasileira, e explanar sobre o tratamento da patologia em questão, através da microabrasão do esmalte fluorótico. A técnica de microabrasão descrita foi desenvolvida por Mondelli ,em 1995, onde fez a substituição do ácido clorídrico a 18% pelo ácido fosfórico a 37%, associado à pedra pomes de granulação extrafina.