Resumo:

Considerada um procedimento de execução simples e recuperação rápida, a ulectomia é uma técnica cirúrgica utilizada como opção terapêutica para o retardo na erupção dental, principalmente em pacientes pediátricos. O período de erupção dos dentes, de modo geral, pode variar de acordo com diversos fatores, dentre eles, fatores locais, cujos principais são cistos de erupção e a fibrose gengival. Esta, mais comum, causada pelo atrito superficial dos alimentos em áreas edêntulas, durante a mastigação. Dessa forma, com o objetivo de permitir uma erupção livre de obstáculos e a ocupação do elemento em sua posição no arco dentário, é realizada a ulectomia, que consiste na exérese dos tecidos que revestem a face incisal ou oclusal da coroa dentária decídua ou permanente, não irrompidas. Essa técnica deve ser eleita mediante exames clínicos e radiográficos detalhados, visto que, é um procedimento invasivo, mais realizado em crianças e se não for realizado dentro do tempo estimado, para que não ocorra o fechamento do espaço pela inclinação dos dentes vizinhos ou mesmo curvaturas apicais, implicará em posterior tratamento ortodôntico. Diante do exposto, este trabalho traz o relato de caso clínico de um paciente, sexo masculino, dez anos, que chegou à clínica de odontopediatria da UFMA, com impacção do elemento 21. Porém, mediante análise clínica e radiográfica, optou-se por esperar 6 meses, permanecendo o paciente em observação. Decorrido o tempo, não foi observado avanço no quadro, realizando-se então a ulectomia, que possibilitou a erupção do referido elemento, sem a necessidade de posterior intervenção ortodôntica.