Resumo:

Os caninos superiores apresentam grande período de desenvolvimento e trajetória de erupção complexa, sendo o último dente a chegar à linha de oclusão. A retenção do canino é um problema estético e funcional que atinge cerca de 1 a 2% da população. Embora possa ocorrer no arco inferior é mais frequente na maxila 1:10, por palatino, unilateralmente, sendo três vezes mais comum no sexo feminino. A investigação etiopatogênica da impacção pode incluir fatores gerais, no entanto, a alteração pode ser atribuída a muitas causas locais: anomalia do germe do canino permanente, alterações patológicas na região, perda prematura ou retenção prolongada do decíduo, comprimento de arco deficiente, discrepância de tamanho do dente, dilaceração radicular e anquilose. Sinais clínicos, radiografias panorâmica, oclusal, periapical, póstero-anterior, lateral e, mais recentemente, a tomografia de feixe cônico podem ser utilizadas para o diagnóstico. Diagnosticada a retenção do canino deve-se optar por: manutenção do canino, auto-transplantação, exodontia e movimentação dos pré-molares para a posição deste, restabelecimento da oclusão por meio de implante/prótese, exposição cirúrgica e tracionamento ortodôntico para movimentar o dente para linha de oclusão.