Resumo: Os Linfomas são classificados em Hodgkin e não-Hodgkin, sendo que este último tipo é, geralmente, o mais prevalente em cavidade oral. Clinicamente os linfomas de boca caracterizam-se por aumentos de volume difusos e assintomáticos, ulcerados ou não, localizados preferencialmente em vestíbulo, região posterior de palato e gengiva, sua coloração é eritematosa ou púrpura. Histologicamente há uma proliferação linfocitária com diferentes graus de diferenciação. O objetivo do presente trabalho é apresentar o caso clínico de um paciente com linfoma não-Hodgkin e, ainda, salientar a importância do diagnóstico histopatológico em lesões bucais proliferativas. Paciente do sexo masculino, 72 anos, compareceu à Clínica de Estomatologia da PUCPR queixando-se de inflamação gengival. Durante a anamnese relatou ser etilista e ex-tabagista há 4 anos. Ao exame clínico apresentou nódulo pediculado, localizado em região ântero-inferior de mandíbula, de consistência firme, medindo 2cm de diâmetro e com coloração semelhante a mucosa circunjacente com áreas eritematosas. Esta lesão estava associada à dentes com significativo comprometimento periodontal. As hipóteses clínicas de diagnóstico incluíram carcinoma espinocelular, linfoma e granuloma periférico de células gigantes. Realizou-se uma biópsia incisional e o diagnóstico histológico foi de linfoma não-Hodgkin de alto grau. O paciente recebeu orientações de higiene oral e foi encaminhado para tratamento oncológico. Este relato ressalta a importância do exame histopatológico na determinação do diagnóstico definitivo de lesões bucais proliferativas. |