Resumo:

A Implantodontia, baseada nos princípios biológicos consagrados atualmente, iniciou a partir da descoberta das propriedades do titânio como material para implantes osseointegrados por Per-Ingvar Bränemark. Esta revolução da técnica possibilitou maior sucesso no processo de reabilitação de desdentados totais ou parciais. Os modelos dos implantes utilizados são compatíveis com as dimensões, tipo e qualidade óssea de cada paciente, mas isso não garante o sucesso do procedimento. Os implantes curtos, menores que 9,0mm (medida ainda não unânime na literatura), são uma opção de tratamento para áreas de pouco remanescente ósseo, cuja escolha de implantes mais longos exigiriam processos cirúrgicos prévios reconstrutivos como enxertos ósseos. Com o intuito de avaliar o progresso do uso dos implantes curtos, foi realizada uma revisão de literatura em trabalhos publicados de 1991 à 2012. O critério de escolha dos referidos trabalhos baseou-se na temática especifica do assunto abordado nesta revisão, onde foram incluídas 24 referências. Sendo que 13 artigos ( 54,16%) demonstram um sucesso de pelo menos 90%. Este fato foi associado principalmente a qualidade óssea e a implantes com superfície tratada. Alguns trabalhos não apresentam dados estatísticos quanto ao sucesso, mas sim as causas das falhas que podem estar associadas à iatrogenia como superaquecimento durante o processo cirúrgico e a fatores ligados ao modo de vida do paciente como o tabagismo. O sucesso da técnica é concomitante a fatores como procedimento cirúrgico adequado, escolha do componente compatível, reabilitação protética favorável, dentre outros, sendo portanto uma alternativa previsível.