ANAIS CIOPAR - Vol. 2 - 2013 - ISSN: 2237-9231


Título: MAUS-TRATOS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: PERCEPÇÃO E CONDUTA DOS TÉCNICOS DE SAÚDE BUCAL
Área: ODONTOPEDIATRIA
Autores: MARIANA DALLEDONE (UNIVERSIDADE POSITIVO); ANA PAULA BORGES DE PAOLA (UNIVERSIDADE POSITIVO); EDUARDO PIZZATTO (UNIVERSIDADE POSITIVO); ESTELA MARIS LOSSO (UNIVERSIDADE POSITIVO)

Resumo:

É grande a violência contra crianças e adolescentes no Brasil, e esta é uma situação preocupante, pois tem repercussões para toda a vida do indivíduo. Pela lei, crianças e adolescentes devem ser protegidos contra todo tipo de maus tratos e nos casos de suspeita eles devem ser notificados às autoridades competentes. Os profissionais da saúde que trabalham com este grupo devem estar atentos para perceber, diagnosticar e notificar os casos suspeitos de maus tratos, isto requer a intervenção de uma equipe multiprofissional e interdisciplinar que possibilite um atendimento integral e o mais precoce possível. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo avaliar ao grau de capacidade de diagnóstico, interesse e conduta dos Técnicos em Saúde Bucal (TSBs) da Rede Pública Municipal de Curitiba, frente aos casos de maus tratos infantis. Foram enviados 194 questionários, para os TSBs que estão atuando nas 119 Unidades Básicas de Saúde do Município de Curitiba. A taxa de resposta foi de 40%. A média de idade dos participantes foi de 45 anos, sendo que 46% estão na faixa de 41 aos 50 anos. Em relação ao tempo de formado 46% tinham entre 11 a 20 anos. O número de crianças atendidas por semana variou de 1 a 5 até mais de 20, sendo que 36,36% atendiam entre 10 e 20 crianças por semana. Quarenta e sete por cento dos THDs visualizaram casos suspeitos de maus tratos e 53% não. Dos casos vistos, apenas 22% foram notificados. As medianas das respostas sobre reconhecer sinais e sintomas de abuso físico foi 7, da capacidade de diagnosticar o abuso físico foi 6 e a envolver-se na detecção de abuso físico infantil, foi 8 (todas em relação a uma escala de auto avaliação de 0 à 10). Como conclusão pode-se notar que houve subnotificações dos casos suspeitos de maus tratos, e que há interesse dos profissionais em envolver neste assunto. Há necessidade de criar estratégias de divulgação deste tema a fim de aumentar as notificações de casos suspeitos.



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