Resumo: Na prática odontológica, a abordagem de pacientes que fazem tratamento com anticoagulantes orais continua a suscitar controvérsias, havendo uma grande diversidade de opiniões tanto na área médica quanto na odontológica em como realizar um tratamento odontológico seguro nesses pacientes. O objetivo desse estudo é realizar um levantamento na literatura a cerca do manejo, no consultório odontológico, de pacientes que fazem uso de anticoagulantes orais. Usou-se, para isso, revisão de literatura nos bancos de dados do “Medline” e “Pubmed”, selecionando artigos quanto ao tema, publicados na última década e utilizando como descritores os termos cirurgia, cumarínicos e odontologia. Vários protocolos de atendimento são sugeridos e incluem desde a interrupção completa do medicamento, sua redução ou a substituição pela heparina até a manutenção da terapia anticoagulante sem alteração. Nenhum desses esquemas está livre de riscos, o que torna imprescindível uma avaliação completa da condição sistêmica do paciente, do acompanhamento do seu grau de anticoagulação através de exames laboratoriais e da classificação da amplitude do trauma cirúrgico envolvido no procedimento odontológico a ser realizado. O estudo permitiu concluir que cirurgias odontológicas de pequeno e médio porte podem ser realizadas com segurança mantendo-se a medicação em pacientes anticoagulados por derivados cumarínicos e com INR menor que 4, desde que os princípios de técnica cirúrgica atraumática sejam seguidos rigorosamente. |