Resumo: As restaurações tem por objetivo o restabelecimento anátomo-funcional dos dentes e, quando necessário, também estético, sem, contudo, comprometer a vitalidade do complexo dentinopulpar (CDP), quando confeccionadas em dentes com vitalidade pulpar. As formas de proteção do CDP são didaticamente divididas em indiretas e diretas. Dentre as formas diretas, a curetagem pulpar é uma opção de tratamento que consiste na remoção superficial da polpa coronária exposta e potencialmente contaminada por microrganismos do meio bucal. Este trabalho tem por propósito apresentar o tratamento realizado no dente 16 do paciente E.F.S., gênero masculino, 23 anos, que apresentou exposição pulpar após remoção do tecido cariado presente sob uma restauração em resina composta. Como protocolo de tratamento, na 1ª sessão foi realizada remoção da restauração insatisfatória. Evidenciada a exposição do tecido pulpar, foi realizada a curetagem com broca esférica em baixa rotação. Em seguida, sobre o tecido pulpar remanescente, foi aplicado medicação à base de hidrocortisona, sulfato de neomicina e sulfato de polimixina B (Otosporin®) por 10 minutos. Após, foi feita proteção direta do tecido pulpar com hidróxido de cálcio P.A. e restauração provisória com cimento de ionômero de vidro. Na 2ª sessão, 120 dias após, foi removida a restauração para avaliação da formação da barreira de tecido dentinário na área correspondente a exposição. Constatado o sucesso, foi confeccionada restauração direta com resina composta. Após 12 meses de acompanhamento clínico e radiográfico, pode-se evidenciar o sucesso do tratamento, sendo o mesmo uma opção de baixo custo, e viável, desde que corretamente indicado e realizado. |