Resumo:

O emprego dos cimentos de ionômero de vidro (CIVs) encapsulados reduz falhas do operador na dosagem e manipulação, evitando a incorporação de bolhas ao material. Avaliou-se in vitro a resistência ao desgaste de CIVs encapsulados de presas química e física [Riva Self Cure (CIVS); Riva Light Cure (CIVL)- SDI, respectivamente], e uma resina como controle [Resina composta nanohíbrida Ice (RC)- SDI]. Amostras dos materiais (N=60) foram submetidas ao desafio ácido (erosão) e à escovação simulada (abrasão), analisando-se os parâmetros massa e rugosidade superficial. Utilizou-se balança analítica (0,0002g) para registro das massas antes e após testes, e rugosímetro de contato para registro de rugosidade em três momentos (antes do desafio ácido, após desafio ácido e após escovação simulada com 400 ciclos). Os espécimes foram imersos alternadamente por 5 segundos na bebida (Coca-Cola®) e na saliva artificial, repetindo-se dez vezes. O processo erosão/abrasão não determinou perda significante de massa nos materiais (p<0,05), mas aumento de rugosidade na RC (p<0,01) e nos CIVS (p<0,05). A rugosidade da resina foi maior, com diferença significativa em relação aos CIVs (p<0,0001). No CIVL não ocorreu aumento significante de rugosidade. O processo erosivo isoladamente não determinou alteração nos CIVs. Ao passo que, quando associado à escovação aumentou a rugosidade superficial da resina e do CIV de alta viscosidade. Os resultados sugerem boa performance dos CIVs e melhor desempenho do CIV modificado por resina.