Resumo:

O atendimento de crianças infectadas pelo HIV necessita de um maior cuidado e atenção dos profissionais da saúde, tanto no seu diagnóstico, quanto no tratamento. Objetivou-se, por meio de uma revisão de literatura, conhecer a relação entre a infecção pediátrica pelo HIV e suas possíveis manifestações bucais, bem como, a abordagem e os cuidados que devem ser tomados no tratamento odontológico destes pacientes, considerando o medo e o preconceito dos profissionais neste atendimento. Pode-se concluir que a via de contaminação mais comum destas crianças é a transmissão vertical, da mãe para o filho; as manifestações bucais são, geralmente, os primeiros sintomas da infecção, estão relacionadas ao grau de imunossupressão destas crianças e são consideradas indicadoras da progressão da doença. As lesões bucais mais encontradas são a candidíase bucal e a quielite angular. A experiência de doença cárie também está aumentada nestas crianças com HIV, por diversos fatores; o tratamento destas crianças deve ser realizado com equipes multidisciplinares e a proposta de tratamento odontológico deve considerar a prevenção e a adequação do meio bucal, como princípios básicos, para controlar a atividade da doença cárie nestes pacientes; as técnicas de manejo de comportamento são imprescindíveis para conseguir a colaboração da criança; o medo e o preconceito dos profissionais ainda interferem no atendimento e no tratamento das crianças infectadas pelo HIV.