Resumo: Dentre as lesões corporais, as lesões faciais merecem destaque pelo fato do rosto representar o centro da atenção humana, e por vezes, as lesões faciais deixam marcas e sequelas irreparáveis tanto físicas quanto psíquicas. Desse modo, os traumatismos da face têm grande importância para o cirurgião-dentista, não só pela incidência de casos, mas também pelo fato de que, se não forem reparados de maneira adequada, podem evoluir para importantes sequelas estéticas e funcionais. Este trabalho descreve, através de uma revisão de literatura, as incidências de traumatismos por agressão física, bem como o perfil epidemiológico, visando auxiliar a prevenção e o enfrentamento da violência. Além dos acidentes, a violência é tida como um problema de saúde pública por causa do dano físico que provoca, o que repercute na procura de assistência médica, incapacidade ou morte, onde 60% das lesões afetam o crânio e a face. As lesões na cabeça representam cerca de 50% de todas as mortes traumáticas, onde os principais responsáveis pelas lesões do complexo maxilomandibular são socos e pontapés, gerando fraturas e perdas dentárias. No Brasil, a violência urbana vem promovendo um aumento significativo de vítimas com traumatismos faciais. Esses pacientes, na grande maioria, estão relacionados com fatores socioeconômicos, educacionais, desemprego, crescente intensificação de concentração de renda e desigualdades sócia. Estas informações podem ser úteis para caracterizar as principais necessidades de atendimento de urgência de pacientes vítimas por agressão bem como auxiliar na adoção de medidas governamentais preventivas para traumatismos desta etiologia à violência. |