Resumo:

O odontólogo deve ter o conhecimento sobre paralisia facial e seus sintomas por acometer a face e região intrabucal. Vale ressaltar que o tratamento dessa afecção pode prevenir o aparecimento das desordens têmporo-mandibulares, visto que essa última pode ser induzida pelas paralisias faciais. Normalmente a lesão é homolateral e alguns dos sintomas incluem a sensação de dormência ou fraqueza, pressão ou edema da hemiface afetada, alterações no paladar, parestesia de lábios e língua entre outros. A etiologia está dividida em: traumática, infecciosa, neoplásica, metabólica, congênita, vascular, tóxica e idiopática, esta última também conhecida como paralisia de Bell. Paciente O.C.S., 64 anos, sexo feminino, com diagnóstico médico de paralisia facial de Bell há um mês. Observou-se uma assimetria causada pela paralisia dos nervos faciais do lado direito, incapacidade de fechar o olho, mover os lábios, desvio de rima labial, olhos ressecados, parestesia em lábios e língua, alteração de paladar e depressão associada à insônia. Foram utilizados vários acupontos entre eles VB20, IG 4, BP6, F3, TA5, P6 com agulhas sistêmicas descartáveis. As agulhas foram fixadas ao eletroestimulador, com modulação do tipo Burst, 2Hz, por 30 min. Paciente apresentou após 2 sessões,evolução importante no fechamento do olho direito em 15 dias e relatou melhora do sono. Reduziu por completo a sensação de parestesia na língua e lábios e melhora considerável da expressão facial na sequência do tratamento. A eletroacupuntura pode ser considerada uma terapêutica apropriada para o tratamento da paralisia facial em Odontologia com melhora significativa na parestesia associada ao problema.