Resumo: O estudo avaliou a eficiência por esforços de corte (EC) e o desgaste linear de brocas para implantes dentários com diferentes materiais e revestimentos em 450 osteotomias padronizadas nas costelas bovinas após 50 preparos. Três grupos de brocas: aço com revestimento DLC (GA); aço ácido-tratadas (GE) e GZ (uma broca aço e duas cerâmicas ATZ) foram divididos em 6 subgrupos conforme número de furações (0,10,20,30,40,50) na seguinte sequência: helicoidal bilaminar ∅2,0mm, piloto ∅2,0/3,0mm e helicoidal trilaminar ∅3,0mm. Os preparos executados sob temperatura ambiente (21±2,0ºC) tiveram carga axial (57N), velocidade de avanço (120 mm/min) e tempos controlados pelo robô (Fanuc LR Mate 200iC, USA). O torque (45Ncm), a rotação (800rpm) e irrigação (NaCl, 40ml/min) foram fornecidos pelo motor de implante. Nos testes EC (blank de resina poliuretana bicomponente) pós-osteotomias, o tempo de furação da broca Ø2,0mm aumentou 10,2% no GA e 10,9% no GZ. Já na broca ∅3,0mm GA houve aumento médio de 30,6%; no GZ acrescentou 8,5% e no GE não aumentou o tempo de furação. Na esterioscopia (Zeiss, Discovery.12-100x) o maior desgaste VBBmax foi verificado nas arestas de corte da broca ∅2,0mm (49,87μm) do SGA-5. Nas brocas cerâmicas (GZ) não foram encontrados sinais de desgaste abrasivo, apenas microlascamentos na broca ∅3,0mm, confirmadas nas MEV. Portanto, houve diminuição da EC nas brocas helicoidais GA e GZ; o GE apresentou melhor desempenho de corte; as brocas ∅2,0mm obtiveram os maiores desgaste e proporcionais ao uso. Pelos resultados encontrados nos testes sugere-se que a vida útil dessas brocas esteja acima de 50 utilizações. |