Resumo: O câncer no Brasil é considerado, pelo Instituto Nacional do Câncer um problema de saúde pública. O carcinoma espinocelular (CEC) consiste na neoplasia maligna de maior prevalência da cavidade oral, representando 90% a 96% dos cânceres bucais. Com essa grande prevalência estudiosos tentam correlacionar a análise histopatológica com o prognóstico desses pacientes e desta forma, melhorar o tratamento. Casos onde se prevê um prognóstico ruim pode-se planejar um tratamento mais agressivo e diminuir as taxas de recidiva. Atualmente não há um consenso mundial sobre qual o melhor método de análise histopatológica para o CEC oral. Dessa maneira, essa pesquisa teve como objetivo o estudo histopatológico dos CECs orais e a classificação conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) e conforme o modelo Budding and Depth of invasion (BD). Metodologia: Foi realizada uma pesquisa retrospectiva a partir dos prontuários arquivados no hospital, que condiziam com 59 prontuários e então a confecção das lâminas através dos blocos tumorais desses pacientes para a análise histopatológica, parecer do Comitê de Ética: 49204715.1.0000.0107. A análise estatística de Spearman demonstrou que os dois métodos de análise histopatológica não se correlacionam. O teste de correlação Qui Quadrado, com p=0,05 demonstrou correlação da classificação da OMS com a sequência de tratamento dos pacientes e da classificação BD com um reconhecido fator prognóstico, o comprometimento linfonodal. Conclusão: Nessa pesquisa foi encontrada a prevalência de gênero masculino, idade superior de 40 anos, prevalência por pacientes fumantes e correlação do método de análise BD com o comprometimento linfonodal. |