Resumo: O estudo experimental in vitro avaliou a variação térmica ocorrida nos preparos em costelas bovinas utilizando brocas de diferentes materiais, com geometrias semelhantes, por meio de 450 furações padronizadas simulando osteotomias para implantes dentários. Materiais e Métodos: Os grupos GA (aço com revestimento DLC) e GE (aço superfície experimental) tiveram brocas helicoidais ∅2,0mm, piloto ∅2,0/3,0mm e ∅3,0mm, enquanto o GZ (cerâmica ATZ) teve uma helicoidal DLC ∅2,0mm e duas cerâmicas: piloto ∅2,0/3,0mm e helicoidal ∅3,0mm, com 6 subgrupos (0,10,20,30,40,50). As variáveis controladas pelo robô foram: carga axial, velocidade de avanço e tempos de furação, enquanto o motor de implantes forneceu torque (45Ncm), rotação (800rpm) e irrigação externa (NaCl-0,9%, 40ml/min). Resultados: Os termopares registraram as maiores variações térmicas (ΔT) na broca ∅3,0mm GE sem irrigação: 4,5ºC à 5mm e 5,5ºC à 13mm. A temperatura média a 5mm, sem irrigação foi influenciada pelo número de furações (p =0,002) e pelo material GE (p =0,008). Nos preparos irrigados a 13 mm, o diâmetro ∅3,0mm influenciou nos resultados. A maior elevação térmica ocorreu no GA (79,6ºC). Houve significância estatística nas médias térmicas para as brocas do GE e nas helicoidais ∅3,0mm, com ou sem irrigação (p<0,001). Conclusão: Após 50 solicitações mecânicas com irrigação, o grupo cerâmico (GZ) ficou com as maiores médias térmicas (22,0ºC), o GE com as menores (19,0ºC), muito aquém dos limites fisiológicos. A broca helicoidal ∅3,0mm obteve as maiores médias e picos térmicos, independente da irrigação. Houve influência da irrigação, do número de utilizações, da profundidade, material, diâmetro e geometria da broca. |