Resumo: As maxilas constituem a porção mais central do esqueleto facial. Estão articuladas por meio de suturas entre si e com os demais ossos do viscerocrânio. Têm origem intramembranosa e crescem por remodelação e por aposição óssea nas suturas. Em especial, a sutura palatina mediana (SPM), que une as maxilas e os ossos palatinos direito e esquerdo, tem um papel muito importante na Ortodontia durante o mecanismo de expansão rápida da maxila (ERM) para correção de mordida cruzada posterior. O sucesso da ERM, por meio de aparelhos expansores, como Haas e Hyrax, se dá pela abertura da SPM, em conjunto com reações ortopédicas em outras suturas faciais. Além disso ocorre o restabelecimento das dimensões transversais da base óssea e arcada dentária superior, corrigindo a má oclusão que é muito frequente e que se estabelece precocemente. Geralmente, essa abertura ocorre de maneira não-paralela, com mais ampliação na região anterior do que na posterior. A dificuldade de ampliação paralela da parte posterior do palato é devido aos processos pterigoideos do osso esfenoide que conferem uma maior resistência à disjunção maxilar. Após a ERM, recomenda-se a contenção com o próprio aparelho ortodôntico, pois a SPM leva aproximadamente 3 meses para recuperar sua estrutura normal, através da neoformação óssea. A abertura da sutura é comprovada através do diastema interincisivos e radiografia oclusal das maxilas. O objetivo do painel é ilustrar com fotografias de crânios secos e um caso clínico, a separação da sutura palatina mediana na Ortodontia. |