Resumo: A incidência de câncer em todo o mundo tem aumentado com o passar dos anos, acometendo principalmente países em desenvolvimento e apresentando-se como um grave problema de saúde pública. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar (INCA) as estimativas para o biênio de 2016/2017 sugerem que serão diagnosticados 596.070 novos casos, sendo as mulheres as mais acometidas. Para o tratamento das neoplasias existem algumas terapias, como, a radioterapia, quimioterapia e cirurgia, estas podem ser usadas isoladamente ou associadas. Pacientes que fazem radioterapia em região de cabeça e pescoço frequentemente apresentam sequelas orais, sendo importante o conhecimento por parte dos cirurgiões dentistas sobre tais efeitos adversos, tratamento e orientações, já que muitos pacientes podem estar sendo submetidos a este tratamento ou podem ter passado pelo mesmo. As principais manifestações relacionadas a radioterapia são: xerostomia, mucosite, disfagia, cárie de radiação, dermatite, alterações no paladar, osteorradionecrose e necrose dos tecidos moles, trismo, doença periodontal, mucosite e candidíase. O acompanhamento odontológico antes e durante a radioterapia é fundamental para reduzir a possibilidade de efeitos adversos, diminuir riscos de sequelas oncoterápicas bucais, evitar a descontinuidade do tratamento antineoplásico e favorecer ao paciente uma melhora na sua qualidade de vida. Portanto, todos os pacientes deveriam ter sua condição bucal avaliada previamente ao tratamento oncológico. O objetivo deste trabalho é abordar quais são as manifestações bucais decorrentes da terapia radioterápica e o manejo destas complicações. |