Resumo: INTRODUÇÃO: A terapia endodôntica deve focar-se, não somente em aspectos biológicos e funcionais, mas também na questão estética do dente a ser tratado. Atualmente estão disponíveis cimentos para obturação endodôntica com diferentes composições, que deveriam suprir as propriedades biológicas sem comprometimento estético. OBJETIVO: Avaliar a alteração de cor após a obturação do canal radicular com diferentes cimentos endodônticos. METODOLOGIA: Oitenta incisivos bovinos foram tratados e obturados com 4 cimentos endodônticos: Endofill; Sealer 26; AH Plus; MTA Fillapex. O registro de cor foi feito por um espectofotômetro antes da endodontia, 24 horas, 7, 30 e 90 dias após tratamento. As avaliações foram realizadas no centro e cervical da coroa, e na raiz logo abaixo da JEC. A variação de cor (ΔE) foi calculada através do CIELab. Os dados foram analisados através de ANOVA e teste de Tukey (alfa=5%). RESULTADOS: Sealer 26 apresentou menor variação de cor (E=4,5), sendo estatisticamente diferente dos demais. Os demais materiais não apresentaram diferença estatística (AH PLUS E=8,0; MTA Filapex E=8,2; Endofill E=9,2). As três regiões analisadas foram diferentes entre si, sendo a região cervical da coroa a que menos apresentou variação de cor (Raiz E=10,6 Coroa Média E=7,1 Coroa Cervical E=4,7). Para o tempo, não houve diferença estatisticamente significante entre os períodos testados (24h E=6,9; 7 dias E=8,2; 30 dias E=7,0; 90 dias E=7,8). CONCLUSÃO: Todos os cimentos endodônticos testados alteraram a cor da coroa e raiz do dente, sendo o Sealer 26 o cimento que menos alterou a cor do remanescente dental. |