Resumo: Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar todos os casos de ameloblastoma diagnosticados no Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal da Bahia, entre os anos de 2002 e 2014, visando caracterizar os casos de ameloblastoma com padrão adenóide, descrevendo seus aspectos clinicopatológicos e imuno-histoquímicos.
Metodologia: De um total de setenta e um casos de ameloblastoma, oito foram classificados consistentes com ameloblastoma adenóide. As fichas destes pacientes foram avaliadas com a finalidade de considerar os dados clínicos como idade, sexo e etnia, além dos radiográficos. Os achados histopatológicos foram descritos e as amostras marcadas por imuno-histoquímica para IMP3, p53, Ki-67, CK7, CK14, e CK19.
Resultados: Oito casos preencheram o diagnóstico histopatológico para ameloblastoma adenóide, desde, quatro eram mulheres e quatro homens, com média de idade de 39 anos. A maioria dos casos ocorreram em mandíbula, sendo todos com imagem radiográfica radiolúcida. As características Histopatológicas preponderantes foram: pseudoductos, metaplasia escamosa, padrão de crescimento cribriforme, estruturas em forma de espiral, células claras, hipercromatismo nuclear, atipia celular discreta, material eosinofílico extracelular e foi observada marcação positiva para a maioria dos casos em relação ao CK14, CK19, sendo o Ki-67 com índice de proliferação muito baixo em célular fantasmas.
Conclusões: Este estudo mostrou que apesar de os ameloblastomas adenóides não serem frequentes , seus aspectos histopatológicos devem ser melhor investigados para considerá-los como um novo subtipo histopatológico , umas vez que tais aspectos sempre estavam acompanhados de outros achados como ilhas epiteliais acantomatosas. Os aspectos imuno-histoquímicos das CK14, CK19, p53, Ki-67 foram similares a ameloblastomas convencionais. |