Resumo: Objetivo: verificar a relação da disfunção orofacial com sinais clínicos e sintomas relacionados à Disfunção Temporomandibular em crianças e adolescentes. Metodologia: a coleta de dados teve inicio após aprovação do CEP sob o número 54607416.7.0000.5227. A amostra constou de 47 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade. O exame foi realizado por um único observador calibrado. Para avaliar os sinais da DTM, foi realizada uma entrevista com responsáveis. Avaliou- se ainda máxima abertura bucal, desvio no movimento de abertura bucal, trespasse vertical e horizontal. Para avaliar a disfunção orofacial foi utilizado Nordic Orofacial Test – Screening (NOT-S). A associação entre os escores do NOT-S e cada variável independente foi avaliada através do teste de Mann-Whitney.
Resultados: 95,7% das crianças examinadas apresentaram no mínimo, um sinal ou sintoma relacionado à DTM e estatisticamente significante à presença de hábitos parafuncionais (p<0,001). Os sinais e sintomas mais frequentemente observados foram: dor ou cansaço mandibular à mastigação (34%), cefaleias (31,9%), dor na ATM, testa, têmpora, ao redor das orelhas e bochechas (27,7%). Na prevalência da Disfunção Orofacial, a partir do escore do NOT-S foi constatado que 100% da amostra apresentou pelo menos um domínio comprometido; o escore total do NOT-S, apresentou relação com dores de cabeça frequentes (p=0,043) e o desvio no movimento de abertura bucal (p=0,01).
Conclusão: Quase 100% da amostra apresentou no mínimo um sinal ou sintoma relacionado à DTM, o que reforça a importância da prevenção e intervenção precoce nos sinais e sintomas relacionados a disfunção oral e temporomandibular. |