Resumo: Indivíduos com morfotipo periodontal fino possuem uma tendência maior a apresentar recessão gengival comparado ao morfotipo periodontal espesso. Por esse motivo, é importante analisar a morfologia do biótipo periodontal, uma vez que identificado o morfotipo fino, pode-se prevenir a ocorrência de retração do tecido gengival ou tratá-la para evitar a progressão da perda de inserção periodontal.
O objetivo deste trabalho foi determinar, por meio de exame clínico e periodontal, o biótipo periodontal fino em áreas acometidas por recessão gengival em acadêmicos do curso de Odontologia da Unioeste-Cascavel/Pr. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unioeste sob o no do parecer 1741834.
Foram avaliados os dentes superiores: 11, 13, 14 e 16. Foram observados os parâmetros: profundidade de sondagem; largura da faixa de gengiva queratinizada; formato das papilas; formato do dente 11 (triangular ou quadrado); espessura da gengiva marginal, dada pela translucidez da sonda periodontal de Willians através da gengiva marginal livre; a espessura do periodonto de sustentação foi avaliada por palpação e classificado como fino ou espesso. As recessões gengivais foram mensuradas e classificadas de acordo com Miller.
Os dados foram analisados em porcentagem e como resultado obteve-se: biótipo periodontal fino (48,48%), biótipo periodontal intermediário (33,33%) e biótipo periodontal espesso (18,18%). Metade dos indivíduos da amostra apresentaram recessões gengivais e a maior parte destas ocorre em biótipo periodontal fino.
Portanto o clínico deve ter conhecimento da morfologia periodontal para estabelecer diagnóstico na prática clínica, bem como para estabelecer prognóstico em tratamentos restauradores, ortodônticos e periodontais.
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