Resumo: O objetivo deste estudo foi conhecer as barreiras e facilitadores da adesão ao tratamento odontológico durante a gestação, mesmo quando garantido o acesso ao pré-natal por parte do serviço de saúde. Esta pesquisa foi de natureza exploratória qualitativa de intervenção. Foi realizado um acompanhamento de 1 ano das gestantes adscritas a uma Unidade Saúde da Família da cidade de Ponta Grossa, PR, baseado em um protocolo de pré-natal odontológico, centrado no acolhimento e vínculo, priorizando procedimentos de mínima intervenção. Após o acompanhamento, as gestantes foram convidadas à participar de uma entrevista, por meio de um roteiro semi-estruturado. Todas as entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas por meio da análide de conteúdo temática. Das 25 gestantes que aderiram ao tratamento e 14 que não aderiram, 5 e 8 foram entrevistadas, respectivamente. As categorias e subcategorias encontradas foram: fatores predisponentes (importância e benefícios do pré-natal, sentimento de ir ao dentista grávida, distância/transporte, paridade, condição sistêmica), necessidade percebida (condição de saúde bucal antes e depois as consultas), facilitadores (apoio às consultas), práticas em saúde (mudança de hábitos), satisfação do usuário avaliação do atendimento), sistema de saúde (organização dos serviços de saúde). Apesar de algumas barreiras inerentes do indivíduo permanecerem, uma organização adequada dos serviços de saúde, centrado no vínculo e acolhimento do paciente, pode ser um grande facilitador de acesso ao pré-natal odontológico durante a gestação. |