Resumo:

No dia a dia da clínica, a grande incidência de substituição de restaurações levou ao questionamento sobre a prevalência de falhas de restaurações em resina composta. Para tal, realizou-se um estudo transversal aprovado pelo comitê de ética (Parecer consubstanciado: 1.607.965) objetivando avaliar a prevalência de falhas de restaurações em resina composta de acordo com os critérios de Ryge. Inicialmente, foi feita a calibração dos avaliadores, posteriormente à seleção da amostra por meio da avaliação de prontuários e, por fim, a avaliação clínica das restaurações executadas na Clínica Odontológica da Universidade Estadual de Londrina. Foram avaliadas 590 restaurações de resina composta, dentre essas 58 (9.8%) eram Classe I, 133 (22.5%) Classe II, 128 (21.7%) Classe III, 162 (27.5%) Classe IV e 109 (18.5%) Classe V. Analisando os resultados observou-se que das restaurações Classe I, 7.64% falharam, das restaurações Classe II, 16.54%, da Classe III, 12.17%, da Classe IV, 8.73% e da Classe V, 9.96%. Observou-se que a maior causa de falha das restaurações foi a cárie secundária (27%) que ocorreu com maior prevalência na Classe II (42.8%) e III (29.6%). Houve maior prevalência de deslocamento da restauração em restaurações Classe IV (20.37%) e V (30.28%). De acordo com os resultados obtidos, foi possível concluir que restaurações Classe II foram as que mais tiveram falha de acordo com o critério de Ryge, que a cárie secundária foi o principal fator de falha e que as restaurações Classe V foram as que obtiveram maior índice de deslocamento da restauração.