Resumo:

Diagnóstico: paciente do sexo feminino, 12 anos, foi levada ao consultório de uma Cirurgiã Bucomaxilofacial, devido ao aumento de volume na região mandibular esquerda, observada após exodontia do elemento 36. Anamnese revelava se tratar de uma paciente sistemicamente saudável. Exame físico extraoral evidenciava leve assimetria facial em região mandibular esquerda, assintomática; não havia linfadenopatia associada. O exame intrabucal revelava expansão de cortical vestibular em fundo de vestíbulo na região de 35 a 37, detectável somente a palpação, não havendo nenhuma outra alteração da normalidade; testes de vitalidade de 35 e 37 revelavam dentes vitais. Tomografia Cone Beam evidenciava aumento da densidade em corpo de mandíbula do lado esquerdo, em região de pré-molares e molares, com expansão óssea vestibular e expansão da cortical óssea basal. Com base nos dados clínicos e imaginológicos um diagnóstico inicial de displasia fibrosa foi estabelecido, sendo o mesmo confirmado após realização de biópsia incisional e exame anatomopatológico. Radiografia dos membros superiores e inferiores foram realizadas, para se excluir a possibilidade de doença poliostótica, estando todas dentro da normalidade. Tratamento: a paciente continua em acompanhamento e, passado um ano, não houve alteração no tamanho da lesão. Conclusão: A displasia fibrosa é uma lesão fibro-óssea frequentemente diagnosticada na segunda e terceira décadas de vida e cuja manifestação clínica inicial é a assimetria facial. Por se tratar de uma doença benigna, que tende a cessar seu crescimento após a puberdade, recomenda-se o acompanhamento dos pacientes até este período, para posterior cirurgia de recontorno estético, se houver indicação.