Resumo:

Em cirurgias excisionais como nas áreas doadoras da mucosa palatina para enxerto gengival livre, o reparo das lesões ocorre por segunda intenção, podendo levar a um aumento no sangramento.Com objetivo de analisar substâncias aplicadas na mucosa palatina quanto ao reparo, avaliou-se histologicamente 75 ratos Wistar . O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no uso de animais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, CEUA/PUCPR (656/2011). Os animais foram divididos em 3 grupos de 25 cada, sendo grupo controle (soro), grupo teste 1 (fibrinolisina/desoxirribonuclease) e grupo teste 2 (subgalato de bismuto). Feridas com punch de 3 milímetros foram padronizadas em prega palatina. Para a hemostasia, o grupo controle recebeu compressão com gaze umedecida com soro fisiológico, o grupo teste1 após hemostasia igualmente ao grupo controle, aplicação de pomada debridante de fibrinolisina/desoxirribonuclease e o grupo teste2 hemostasia com hemostático subgalato de bismuto e aplicação de fibrinolisina/desoxirribonuclease. A análise histológica ocorreu aos de 3,7 ,14,30 e 60 dias. O padrão de reparo foi semelhante nos períodos avaliados. Porém, encontrou-se menos coágulo aos 3 e 7 dias (p<0,05) no grupo teste 1. Maior presença de necrose no grupo controle em relação aos grupos testes 1 e 2 (p<0,05). Menor medida linear no grupo teste 1 em relação ao grupo controle aos 3 dias (p=0,04) e 7 dias (p<0,01). Conclui-se que a aplicação tópica da fibrinolisina/desoxirribonuclease promoveu um fechamento epitelial mais rápido quando comparada somente ao soro fisiológico e sua utilização isolada ou associada ao subgalato de bismuto não interferiu na reparação epitelial.