Resumo:

Objetivos: avaliar e comparar histologicamente enxertos de tecido conjuntivo quanto à presença de remanescentes epiteliais e a composição dos tecidos presentes, utilizando duas diferentes técnicas de remoção do epitélio: com o uso de lâmina e por meio da técnica de abrasão. Metodologia: o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR, parecer nº 1.601.764. Selecionou-se dez pacientes da Clinica de Odontologia da PUCPR contendo pelo menos dois dentes com recessão gengival maior ou igual a 2 mm, e foram realizadas cirurgias de enxerto de tecido conjuntivo. Em um dos sítios, a desepitelialização do enxerto foi realizada com uso de lâmina de bisturi e, no outro sítio, a desepitelialização foi pela técnica de abrasão utilizando-se broca diamantada. As amostras foram denominadas de acordo com a técnica de remoção do tecido epitelial do enxerto: AL: Amostra Lâmina; AA: Amostra Abrasão. As variáveis avaliadas foram presença de remanescente epitelial, média da espessura em profundidade, área e porcentagem em relação a área total de casa um dos tecidos presentes no enxerto. Resultados: em 40% das amostras do grupo lâmina e 20% no grupo abrasão, observou-se presença de remanescente epitelial, porém sem significância estatística (p>0,05). Nas demais variáveis avaliadas, que foram a média em profundidade, área e porcentagem em relação a área total dos enxertos, também não apresentaram significância estatística (p>0,05). Conclusão: Histologicamente, os enxertos de tecido conjuntivo que foram separados do tecido epitelial pelas técnicas de abrasão e lâmina, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes na sua composição tecidual.