Resumo:

Objetivo: Avaliar a imunoxpressão do NANOG em leucoplasia bucal (LB) e na mucosa bucal (controle). A graduação histológica de displasia epitelial é o indicador de maior relevância para determinação do risco de transformação maligna da LB, entretanto, está associada à variabilidade do observador. A compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos no processo de transformação maligna da LB poderá contribuir para elaboração de tratamentos menos agressivos e mais eficazes. Portanto, novos marcadores são mandatórios para identificar a LB, tal como NANOG, marcador de célula-tronco tumoral. Estudos sugerem que o NANOG, desempenha um papel na carcinogênese, tumorigenicidade e resistência terapêutica. Metodologia: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR 1.010.973. A amostra foi constituída de 66 casos de LB, classificadas (Segundo a OMS, 2005) em 29 casos como discreta, 25 moderada e 12 severa e 16 casos de mucosas normais e as lâminas foram submetidas à imunoistoquímica para NANOG. As lâminas foram digitalizadas e as fotomicrografias analisadas no programa de morfometria, sendo obtida a porcentagem da área nuclear positiva pela área total do epitélio. Os testes de Kruskal-Wallis e teste de comparações múltiplas não paramétricas de Dunn foram utilizados. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Houve maior expressão imunoistoquímica para NANOG nos casos de LB discreta (0,7483% núcleos positivos/ micrômetro quadrado de epitélio), moderada (0,7805%) e severa (1,5727%) quando comparados com o grupo controle (0,0080%). Conclusão: A presença deste marcador na leucoplasia pode ser um indicativo de um possível papel no processo de carcinogênese dessas lesões.