Resumo: A dolomita (DMT) pode afetar o metabolismo da mineralização por dissociação em íons cálcio e hidroxila. O objetivo deste trabalho foi analisar a toxicidade, propriedades químicas e liberação de íons cálcio/magnésio por meio de bioensaio com Artemia Salina, potencial Hidrogeniônico (pH), absorção atômica, difração de raios X (DRX) e fluorescência de raios X (FRX) de 4 amostras de DMT e do hidróxido de cálcio PA (Biodinâmica®). O estudo verificou se as amostras são adequadas para uso potencial em materiais odontológicos. As técnicas DRX e FRX permitiram caracterizar a conformação espacial da cela unitária da dolomita, as fases cristalinas e elementos químicos presentes nas amostras. O pH foi aferido, em concentrações de 1000µg/mL; 750µg/mL; 500µg/mL; 250µg/mL e 100 µg/mL do extrato bruto diluído da amostra, inicial (0) e nos períodos de 24 e 168h caracterizadas no padrão de alcalinidade. Na interpretação dos testes DRX e FRX foi detectada a presença de sílica, calcita e impurezas em quantidades mínimas em 2 das amostras. Para a determinação da toxicidade, o método alternativo da concentração letal 50 (CL50) no modelo de bioensaio com Artemia Salina resultou em baixo índice de toxicidade das DMTs. Em média, ocorreu a liberação de 100ppm de íons cálcio e 32ppm de magnésio. Pôde-se concluir que a DMT é atóxica, pH alcalino, considerável liberação de íons cálcio, de fase cristalina o que a caracteriza como potencial uso odontológico. |