Resumo: O atendimento a pacientes com necessidades especiais vem sendo cada vez mais comum no meio odontológico, tornando-se um grande desafio para os cirurgiões dentistas. Desta forma, o preparo dos profissionais é essencial para o correto diagnóstico e sucesso no tratamento. O objetivo deste trabalho é relatar o planejamento, execução e dificuldades de um atendimento onde um paciente com paralisia cerebral resistente ao tratamento convencional ambulatorial, teve que ser submetido ao tratamento suportado por sedação profunda, visando dar boas condições de saúde bucal e geral. Paciente adulta do gênero feminino, 32 anos e incapaz, foi levada ao consultório pelo pai que tinha como queixa principal as cavidades escuras que existiam em seus dentes anteriores superiores as quais deviam estar provocando dores e fazendo com que a paciente ficasse muito irritada. Após tentativa de exame clínico e o insucesso de atendimento com sedação consciente optou-se por tratamento em ambiente hospitalar. O único exame de imagem pré-cirúrgico que se conseguiu realizar foi uma tomografia computadorizada de face. Somente após a sedação observou-se a necessidade de procedimentos restauradores em cavidades muito profundas e exodontias. O resultado final foi muito satisfatório para a paciente e família. Concluímos assim que todo indivíduo, principalmente aqueles com necessidades especiais, tem o direito garantido a um atendimento odontológico de qualidade, mesmo que através de recursos mais invasivos, minimizando as dificuldades diárias encontradas pelos seus cuidadores, visando assim promover a saúde e melhora da qualidade de vida desta população, como também a importância do preparo e conhecimento do profissional. |