Resumo: A displasia cleidocraniana (CCD) é doença autossômica dominante, que tem uma incidência estimada de 1 em 1 000 000. As anormalidades craniofaciais resultantes da condição frequentemente apresentam-se como uma cabeça grande e braquicefálica, prognatismo mandibular, subdesenvolvimento maxilar, ponte nasal deprimida e seios hipoplásicos. Devido a anomalia esquelética as clavículas podem estar ausentes ou hipoplásicas. Manifestações bucais como atraso na erupção dos dentes permanentes, presença de supranumerários, cistos ou tumores odontogênicos associados a dentes não irrompidos são achados frequentes, portanto, problemas funcionais e aparência orofacial indesejável são transtornos comuns de pacientes com CCD. Geralmente, A terapia cirúrgica é inevitável, quer o tratamento seja realizado com tratamento ortodôntico, tratamento protético ou ambos. Diagnóstico: O paciente relatado nesse caso foi enviado ao serviço Oral e Maxilofacial da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com 13 anos de idade apresentando características clinicas de disostose cleidocraniana. Tratamento: No presente caso, houveram duas abordagens cirúrgicas em que planejou-se manter alguns elementos, extrair supranumerários e decíduos e tracionar dentes impactados. Conclusão: O tratamento cirúrgico é proposto a fim de criar espaços para a correta posição dos dentes impactados objetivando manter uma oclusão funcional, estável e estética. |