Resumo: A presença das deformidades dentofaciais (DDF) e dos sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) são frequentemente associados e podem apresentar impacto negativo na qualidade de vida dos individuos. Objetivo: identificar os principais fatores envolvidos na baixa qualidade de vida dos pacientes portadores de DDF. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da UFPR, CAAE: 19204113.3.0000.0102 Metodologia: Os pacientes submetidos à cirurgia ortognática pelo Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais da Universidade Federal do Paraná, de junho de 2016 até junho de 2017, foram avaliados no período pré-operatório quanto aos sintomas de DTM através do questionário de Fonseca, e quanto a qualidade de vida através do questionário OHIP-14. Foram avaliadas características como idade, gênero, tipo de DDF e presença de assimetria. Os dados foram submetidos a análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: A média do OHIP aumentou proporcionalmente ao aumento dos sintomas relatados de DTM (p<0,001). Os pacientes sem DTM apresentaram uma média do OHIP de 8,86 (±8,06), pacientes com DTM leve a média foi 15 (±6,28), DTM moderada 20,6 (±9,44) e DTM severa 26,42 (±7,66). A média de pontuação do OHIP foi maior no gênero feminino 19,18 (±1,31) comparado à 14,22 (±1,96) no gênero masculino (p=0,03). Não houve diferenças entre a média do OHIP e o tipo de DDF (p= 0,725) nem entre DTM e gênero (p=0,355). Conclusão: O gênero feminino e a gravidade dos sintomas de DTM são os principais fatores relacionados à baixa qualidade de vida nos pacientes com DDF. |