Resumo: A deficiência de higienização bucal em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) propicia a colonização do biofilme bucal por microrganismos patogênicos, comumente Gram-negativos, como Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter spp., Klebsiella pneumoniae, e de alguns Gram-positivos, como Staphylococcus aureus. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a higienização bucal por meio da redução de K. pneumoniae presente na saliva de pacientes internados em UTI do Hospital Evangélico de Londrina-PR. Metodologia: Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética nº1.902.398. Os critérios de inclusão envolveram 45 pacientes em estado crítico, com idade média de 68 anos, sem distinção de gênero, sob ventilação mecânica por tubo orotraqueal, e pacientes traqueostomizados, ambos com ou sem sonda nasogástrica do hospital Evangélico de Londrina. Esses pacientes passaram por avaliação da higiene bucal através do protocolo preconizado pelo hospital. As amostras de saliva coletadas foram plaqueadas em meio de cultura CHROMagar Orientation para isolamento das bactérias e avaliadas quantitativamente (Unidade Formadora de Colônia/ml), antes e após o protocolo de higienização bucal do hospital. Resultados: Antes da higienização bucal preconizada pelo hospital, a saliva foi isolada, sendo que 42,86% apresentaram UFC/ml de K. pneumoniae com média de 1x109 UFC/ml. Sendo que após a higienização, houve uma diminuição significativa na carga bacteriana, com média de 3,6x108 UFC/ml de K. pneumoniae em 37,14% desses pacientes. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos neste estudo, a higienização bucal em UTIs pode reduzir a presença de microrganismos nocivos para a saúde desses pacientes.
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