Resumo:

No Brasil, nos últimos 30 anos houve um aumento de 56,94% no consumo de água engarrafada. Considerando esse aumento e a possibilidade dessas conterem teores inadequados de fluoretos, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar a concentração desse elemento na água mineral engarrafada comercializada na região sul, comparando-a aos valores declarados no rótulo da embalagem. Foram adquiridas 54 amostras de água mineral de 27 diferentes marcas disponíveis na região sul. As amostras de água foram enviadas e analisadas no Laboratório de Pesquisa Clínica, Microbiológica e Análise Química da Faculdade de Odontologia do Campus Universitário de Nova Friburgo da Universidade Federal Fluminense pelo método eletrométrico, utilizando potenciômetro digital (SA-720-Procyon) com eletrodo específico para o íon flúor (96-90-Orion Research). Os resultados variaram de 0,0258 a 0,833 ppm F, no entanto, em algumas marcas comerciais os resultados divergiam com os apresentados nos respectivos rótulos. Concluiu-se que as concentrações de fluoreto encontradas nas amostras são apresentam potencial para causar fluorose dentária, porém estes resultados enfatizam a importância de informar à população usuária de água mineral engarrafada, exclusivamente, que esta não atende aos parâmetros recomendados pelo Ministério da Saúde e que os teores de fluiremos presentes devem ser revistos e fiscalizados de forma contínua.